“Toda história tem um fim”. Harry Potter não seria exceção, apesar da sua sobrevivência – no mínimo- extraordinária de mais de 10 anos. Falar do impacto e do sucesso dele é indubitável e lógico, isso se deve a forma magistral como J.K.Rowlings escreveu esse universo alternativo de quadros que falam e escadas que se movem. David Yates, que assumiu a saga em “Ordem da Fénix”, dirige o final dessa fabúla épica e brilhante com tamanha sensibilidade e destreza que deixa qualquer ser humano com um sentimento saudosista ao sair do cinema, sendo fã ou não.
A grande sacada do roteirista Steve Kloves, foi a de deixar o lado lúdico e infantil dos primeiros filmes de forma impecável e imperceptível, deixando a sombra aqueles três bruxinhos inseguros chegando à escola pela primeira vez. Interpretado por Daniel Radcliffe que, diga-se de passagem, estava no apogeu de sua atuação, Harry volta a Hogwarts para encerrar de vez uma batalha praticamente inevitável com o temido “você-sabe-quem”, Lord Voldemort. No filme mais sombrio e mortífero da série, Harry precisa encontrar as relíquias da morte e as últimas horcruxes que Voldemort escondeu e ainda de quebra salvar todo aquele mundo mágico que aprendemos a sonhar que nos serviu de lar durante tantos anos.
Na primeira parte, houve uma preocupação de trabalhar os personagens e solidificar a história. As cenas de ação são deixadas quase que por completo para o final, são desenfreadas e frenéticas, levando o espectador à ânsia e ao verdadeiro desespero, mas é colocado na medida certa. Mas realmente as atuações impecáveis e profundas de Alan Rickman, como o professor Severus Snape e de Ralph Fiennes, como Lord Voldemort levaram a franquia a um novo patamar.
Para os fãs que não leram todos os livros do fenômeno, o fim é previsível. Como muitas perguntas foram sendo feitas e poucas respostas restaram, o final é confuso e cheio de pontas soltas. Perguntas como: Porque depois de 6 anos ás escuras e com medo, Neville Longbottom se mostra destemido, tornando-se um ponto chave na derrota entre o bem e o mal? Porque o fantasma de Helena Ravenclaw queria que o diadema fosse destruido? Porque Harry ressuscitou? Onde foi parar a pedra da ressureição? Porque Severus Snape e Lilian Potter tinham o mesmo espectro no feitiço do patrono? Essas são só algumas...
Entre lágrimas e soluços, o final dessa saga de fenômeno universal acaba com propriedade e aperto no coração por parte daqueles que cresceram, aprenderam e descobriram esse fantástico mundo junto com um nome que virou sinônimo de magia: Harry Potter. Ao olharmos para trás, percebemos que não foi apenas o fim de uma franquia que se deu por terminada, mas foi a conclusão épica de uma geração, que fará o possível para que esse pequeno bruxinho se torne imortal e que jamais seja esquecido pelas crianças, adultos e idosos que foram convidados a embarcar nessa jornada.
E daqui a alguns anos, quando estiver sentada numa cadeira com meus filhos ou netos ao redor contando as histórias da minha vida lembrarei com orgulho que, durante 10 anos, fui fã da “MAIOR SAGA DA HISTÓRIA DO CINEMA E DA LITERATURA MUNDIAL”.
Hugs and Kisses....




